quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Metáforas de interface:

Para Treglown (1992), existem muitas abordagens do problema da produção de sistemas interativos e fáceis de usar. Um método que tenta simplificar a interface com o usuário aplica o conhecimento existente do usuário sobre a tarefa e sobre os aspectos relevantes do seu mundo real para a concepção de metáforas de interface. Nesse sentido, as manipulações diretas baseadas em metáforas são usadas para reduzir o tempo necessário no aprendizado de uso do sistema.
Metáfora, segundo o dicionário de Aurélio Buarque Holanda, é "tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado".
As metáforas de interface com o usuário também constituem os elementos figurados que evocam os elementos do mundo real. Elas baseiam-se em experiências anteriores do usuário.
Os objetos gráficos representados por ícones disponíveis numa tela e os nomes dados aos comandos e botões são baseados em conceitos familiares aos usuários. De fato, hoje em dia, são cada vez mais incomuns interfaces que não estejam baseadas em representações que elicitam conceitos familiares aos usuários (metáforas).
A concepção de uma metáfora é possível após a identificação do modelo mental do usuário, assim como a sua formação e a sua base de conhecimento realizado na análise ergonômica através de entrevistas e observações (fase inicial da concepção: ver próximo Capítulo).
A metáfora de interface com o usuário consiste em um recurso usado na comunicação entre o usuário e o sistema (Heckel, 1991). Este autor cita uma pesquisa em que revela ser o IBM/PC, em média, usado para duas aplicações e o Macintosh, para seis.
Segundo o mesmo autor, a Xerox Star foi a primeira a utilizar uma interface com o usuário padronizada em várias aplicações para tentar solucionar o problema do aprendizado de diferentes aplicativos. Havia uma coerência no design dos diversos objetos de interface, como menus, janelas e ícones oferecidos por ele. A Xerox Star também apresentava comandos consistentes em todas as suas aplicações padrão, o que ajudou a tornar os modelos conceituais dessas aplicações semelhantes. A Xerox Star se preocupou em criar recursos compatíveis com vários fabricantes de software, fornecendo uma orientação para a interface com o usuário. Essa orientação é de grande utilidade, pois aquilo que o usuário aprende sobre uma aplicação pode ser usado em uma outra. À medida que o usuário aprende a usar várias aplicações que obedecem ao mesmo tipo de orientação, o tempo gasto na aprendizagem de cada nova aplicação será equivalente ao tempo gasto na aprendizagem do seu modelo conceitual.

Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta96/tei/cap5/cap5.htm

Evolução das Interfaces e sua conceituação.

Ao analisar, numa perspectiva genérica, as sucessivas gerações de IHMs, um facto sobressai: cada nova geração adiciona uma nova dimensão à anterior, tudo apontando para uma quinta geração de interfaces com dimensão três, construída sobre um sistema operativo que ultrapasse a orientação à tarefa e adopte uma orientação ao documento. Cada documento deverá poder conter um conjunto de sub-documentos de tipos diferentes integrados numa única interface, deixando ao sistema a responsabilidade de mapear transparentemente a funcionalidade de cada sub-objecto de forma ao utilizador concentrar-se apenas no seu documento.
A próxima geração de IHMs beneficiará, certamente, das inovações e da pesquisa nas áreas técnicas de interacção de forma a consubstanciar a própria noção de vanishing interface, ou por outras palavras, o próprio desvanecimento do conceito na sua instanciação. Uma das áreas com sérias promessas nesse campo é a RV, plataforma por excelência para o desenvolvimento duma conjugação de metáforas de mundo real com uma interface centrada no utilizador, orientada ao objecto e que utilize a manipulação directa como técnica de interacção principal.

Fonte: http://virtual.inesc.pt/8epcg/actas/c17/s2.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O que são Sistemas de Informação?

Podemos, de uma maneira simplificada, dizer que um Sistema de Informação é um conjunto de funções integradas voltadas para a transformação de dados (matéria-prima) em informações. Semelhantemente a um sistema industrial ou agro-industrial, onde um processo transforma insumos em produtos. Uma outra definição pode ser: Sistemas de Informação são sistemas que, através de processos de coleta e tratamento de dados, geram e disseminam as informações necessárias aos diversos níveis e processos organizacionais. Lembrando que da grande diversidade de sistemas, podemos separar os sistemas naturais e dos sistemas artificiais (criados pelo homem). Vamos encontrar um grupo de sistemas artificiais, que pela sua natureza, são chamados de Sistemas de Informação, justamente porque seu maior objetivo é Fornecer, Controlar, Prover, Pesquisar e Analisar Informações.